domingo, 9 de maio de 2010

EGITO

Egito Antigo

Terra dos faraós, das pirâmides, do papiro, das múmias e da esfinge, o Egito antigo deixou uma imensa herança cultural que, freqüentemente é explorada pela literatura e pelo cinema, estimulando o imaginário das pessoas. E continua a despertar o interesse de arqueólogos e historiadores.

O Egito antigo localizava-se no nordeste da África. 

Baixo e Alto Egito:

Na região mais próxima ao mar mediterrâneo, o rio Nilo forma uma grande delta, cujas terras eram muito férteis. Essa região ficou conhecida como baixo Egito.A partir da cidade de Mênfis. Na direção sul, ficava o alto Egito, cujas terras férteis (terra preta) constituíam uma estreita faixa ao longo do rio. Nas áreas não atingidas pelas enchentes, o solo era árido.

Médio Império e Novo Império:

O inicio e o final de cada período foi assinalado por algum acontecimento escolhidos pelos pesquisadores como marco: a unificação política do Egito, a mudança de uma família de governantes, a invasão de um povo estrangeiro, a consolidação de um império etc.

A Sociedade:

O faraó era um rei supremo do Egito, considerado um Deus vivo responsável pela prosperidade e proteção de seu povo. No entanto, essa crença na ‘’ condição divina do rei ‘’ sofre variações ao longo da história egípcia, ora sendo reforçada, ora sendo enfraquecida. 

De modo geral, o faraó detinha autoridade administrativa, judicial e militar. Podia ter diversas esposas legitimas e também um grande número de concubinas. Detinha a posse da maioria das terras do país, e auxiliado por um funcionário do governo e sacerdotes, exercia considerável controle sobre as atividades econômicas.

Para governar o Egito, o faraó contava também com o auxilio de muitos outros funcionários, como os Escribas, que conheciam a escrita e tinham diferentes graus de prestigio e poder.

Camponeses, Artesãos e Escravos:

Os Camponeses (também chamados de felás) executavam inúmeros trabalhos necessários á agricultura e á criação de animais. Os principais produtos cultivados eram o Trigo (para fazer pão), a Cevada (para fazer a cerveja), e o Linho (para fazer Tecidos). Também se dedicavam á plantação de legumes, verduras e frutas variadas.

Os Artesãos que produziam artigos de luxo trabalhavam, geralmente, nas oficinas urbanas, muitas vezes instaladas nos templos e palácios. Confeccionavam peças de ourivesaria, vasos de alabastro ou fiança, tecidos finos e etc. Já que os artesãos menos qualificados trabalhavam em oficinas rurais, produzindo tecidos rústicos, artigos de couro, vasilhas utilitárias, alimentos como pão e cerveja. Havia assim, artesãos de ofícios variados, ferreiros, carpinteiros, barqueiros, tecelões, ceramistas, ourives, pedreiros e cervejeiros.

Os Escravos formavam um grupo social numericamente pequeno diante do conjunto da população. Constituído, em sua, origem, principalmente prisioneiros de guerra trabalhavam em serviços variados: nas casas, nas pedreiras, nas minas e nos campos.

As condições de vida dos escravos variavam de acordo com o tipo de atividade que exerciam. Há indícios que os escravos domésticos viviam melhor do que, por exemplo, os escravos das minas e das pedreiras, embora ‘’ pertencesse ‘’ a outra pessoa, o escravo egípcio era considerado um ser humano e não uma ‘’ mercadoria ‘’ ele podia adquirir propriedade, testemunhar em tribunais e casar-se com livres. 

Religião e Arte:

A Religião teve enorme importância em diversos aspectos da vida egípcia na antiguidade.

Os egípcios eram Politeístas, ou seja, adoravam muitos deuses, que simbolizavam forças e fenômenos da natureza. Muitas divindades eram representadas em forma de animal ou mesclavam forma animal ou humana. Geralmente, cada cidade tinha um deus principal para o qual se erguia um templo.

Para os antigos egípcios, crer nos deuses significava cultuá-los, isto é, prestar-lhes homenagens e oferecer-lhes tributos.

A Arte Considerável parcela da produção artística do Egito antigo foi influenciada pela religião. O culto aos deuses levou a construção de belos templos (como Lúxor e Karnac) e á criação de esculturas e pinturas retratando divindades. Mas, além dos temas religiosos havia também muitas representações do cotidiano na produção artística, como cenas de colheita, pesca, navegação, pratica de artesanato e etc.

A Morte os egípcios acreditavam na vida após a morte no reino de Osíris. Imaginavam que os mortos seriam julgados por esse deus e poderiam retornar a seus corpos se fossem absolvidos. Para isso, seus corpos precisariam ser conservados. Desenvolveram, então a técnica de mumificação. Havia diferentes tipos de mumificação, desde os processos mais simples e baratos até os mais caros e luxuosos.

Conhecimentos Egípcios:

• Química - a manipulação de substâncias químicas surgiu no Egito e deu origem á fabricação de diversos remédios, e composições. A própria palavra Química vem do egípcio kemi, que significa ‘’ terra negra ‘’
• Matemática - as transações comercias e a administração dos bens públicos exigem a padronização de pesos e medidas, isto é, um sistema de notação numérica e de contagem.

Desenvolveu-se, assim a Matemática, incluindo a Álgebra e a Geometria, uteis, também, no cálculo necessário a construção de grandes obras arquitetônicas, como templos e pirâmides.

• Astronomia – para a navegação e atividades agrícolas, os egípcios orientavam-se pelas estrelas. Fizeram, então, mapas do céu, enumerando e agrupando as estrelas em constelações.

• Medicina – a pratica de mumificação contribuiu para o estudo do corpo humano. Alguns médicos acabaram se especializando em diferentes partes do corpo, como olhos, cabeça, dentes e o ventre

Livro: História Global, Brasil e Geral
Autor: Gilberto Cotrim
Volume Único
Editora: Saraiva

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