sábado, 29 de maio de 2010

Guerreiros Cruzados !!!

CRUZADAS

As Cruzadas são tradicionalmente definidas como expedições de caráter "militar” organizada pela Igreja, para combaterem os inimigos do cristianismo e libertarem a Terra Santa (Jerusalém) das mãos desses infiéis. O movimento estendeu-se desde os fins do século XI até meados do século XIII. O termo Cruzadas passou a designá-lo em virtude de seus adeptos (os chamados soldados de Cristo) serem identificados pelo símbolo da cruz bordado em suas vestes. A cruz simbolizava o contrato estabelecido entre o indivíduo e Deus. Era o testemunho visível e público de engajamento individual e particular na empreitada divina.

Partindo desse princípio, podemos afirmar que as peregrinações em direção a Jerusalém, assim como as lutas travadas contra os muçulmanos na Península Ibérica e contra os hereges em toda a Europa Ocidental, foram justificadas e legitimadas pela Igreja, através do conceito de Guerra Santa -- a guerra, "divinamente", autorizada para combater os infiéis.

"Para os homens que não haviam se recolhido a um mosteiro, havia um meio de lavar suas faltas, de ganhar a amizade de Deus: a peregrinação. Deixar a casa, os parentes, aventurar-se fora da rede de solidariedades protetoras, caminhar durante meses, anos. A peregrinação era penitência, provação, instrumento de purificação, preparação para o dia da justiça. A peregrinação era igualmente prazer. Ver outros países: a distração deste mundo cinzento. Em bandos, entre camaradas. E, quando partiam para Jerusalém, os cavaleiros peregrinos levavam armas, esperando poder guerrear contra o infiel: foi durante essas viagens que se formou a ideia da guerra santa, da cruzada".

O movimento cruzadista foi motivado pela conjugação de diversos fatores, dentre os quais se destacam os de natureza religiosa, social e econômica. Em primeiro lugar, a ocorrência das Cruzadas expressava a própria cultura e a mentalidade de uma época. Ou seja, o predomínio e a influência da Igreja sobre o comportamento do homem medieval devem ser entendidos como os primeiros fatores explicativos das Cruzadas.

Tendo como base a intensa religiosidade presente na sociedade feudal a Igreja sempre defendia a participação dos fiéis na Guerra Santa, prometendo a eles recompensas divinas, como a salvação da alma e a vida eterna, através de sucessivas pregações realizadas em toda a Europa.

O Papa Urbano II, idealizador da Primeira Cruzada, realizou sua pregação durante o Concílio de Clermont rompida com a separação da Igreja no Cisma do Oriente, o Papa assim se dirigiu aos fiéis: " Deixai os que outrora estavam acostumados a se baterem impiedosamente contra os fiéis, em guerras particulares, lutarem contra os infiéis. Deixai os que até aqui foram ladrões tornarem-se soldados. Deixai aqueles que outrora bateram contra seus irmãos e parentes lutarem agora contra os bárbaros como devem. Deixai os que outrora foram mercenários, a baixo soldo, receberem agora a recompensa eterna. Uma vez que a terra onde vós habitais, é demasiadamente pequena para a vossa grande população, tomai o caminho do Santo Sepulcro e arrebatai aquela terra à raça perversa e submetei-a a vós mesmos".

A ocorrência das Cruzadas Medievais deve ser analisada também como uma tentativa de superação da crise que se instalava na sociedade feudal durante a Baixa Idade Média. Por esta razão outros fatores contribuíram para sua realização.

Muitos nobres passam a encarar as expedições à Terra Santa como uma real possibilidade de ampliar seus domínios territoriais.

Aliada a esta questão deve-se lembrar de que a sucessão da propriedade feudal estava fundamentada no direito de primogenitura. Esta norma estabelecia que, com a morte do proprietário, a terra deveria ser transmitida, por meio de herança, ao seu filho primogênito. Aos demais filhos só restavam servir ao seu irmão mais velho, formando uma camada de "nobres despossuídos" -- a pequena nobreza -- interessada em conquistar territórios no Oriente por meio das Cruzadas.

Tanto a Cruzada Popular como a das Crianças foram fracassadas. Ambas tiveram um trágico fim, devido à falta de recursos que pudessem manter os peregrinos em sua longa marcha. Na verdade, as crianças mal alcançaram a Terra Santa, pois a maioria morreu no caminho, de fome ou de frio. Alguns chegaram somente até a Itália, outros se dispersaram, e houve aqueles que foram sequestrados e escravizados pelos mulçumanos. Com os mendigos da Cruzada Popular não foi diferente. Embora tivessem alcançado a cidade de Constantinopla (sob péssimas condições), as autoridades bizantinas logo trataram de afastar aquele grupo de despossuídos. Para tanto, o bispo de Constantinopla incentivou os peregrinos a lutarem contra os infiéis da Ásia. O resultado não poderia ser outro: sem condições para enfrentar os fanáticos turcos seldjúcidas, os abnegados fiéis foram massacrados. Além dessas duas cruzadas, tiveram ainda oito cruzadas oficialmente organizadas, em direção à Terra Santa.

-DESDOBRAMENTOS-

Em um primeiro momento, a conquista de terras e o controle da cidade de Jerusalém foram alcançados pelas tropas cristãs. Entretanto, o êxito teve pouca duração mediante as sucessivas vitórias que recolocaram a Terra Santa sob administração muçulmana e as reconquistas dos domínios orientais tomados pelos cristãos. Por fim, os reinos latinos, estabelecidos nas primeiras cruzadas, foram reduzidos a algumas porções da Palestina e da Síria.

Apesar de tais limitações, as Cruzadas tiveram papel fundamental para que a civilização europeia trilhasse novos rumos. Os saques promovidos no Oriente permitiram que uma expressiva quantidade de moedas adentrasse a economia feudal. Com isso, os comerciantes tiveram condições para criar companhias de comércio que transitavam entre o Ocidente e o Oriente. Progressivamente, o medo das terras longínquas perdeu espaço para um renovado espírito empreendedor.

As rotas comerciais permitiram o desenvolvimento das cidades ocidentais e a aproximação dos saberes das civilizações europeia, muçulmana e bizantina. A busca pelo lucro, o racionalismo econômico, o aprimoramento da tecnologia marítima e o racionalismo econômico manifestavam que os antigos ditames feudais não permaneceriam intocados. Do ponto de vista econômico, a antiga feição agrária da Europa ganhava outros contornos.

Os senhores feudais, interessados pelas mercadorias que vinham do mundo oriental, reorganizaram o modelo de produção de suas terras buscando excedentes que pudessem sustentar esse novo padrão de consumo. Além disso, a estrutura rígida do sistema servil cedeu espaço para o arrendamento de terras e a saída de servos atraídos pelo novo modo de vida existente nos espaços urbanos revitalizados. Assim, o feudalismo dava os primeiros indícios de sua crise.

Ao mesmo tempo em que houve o contato entre as culturas, não podemos esquecer que a intolerância religiosa também foi outro importante signo deixado pelas Cruzadas. Do ponto de vista histórico, a perseguição aos judeus e aos muçulmanos se fortaleceu com essas situações de conflito. Não por acaso, podemos notar que os reinos ibéricos, por exemplo, empreenderam uma forte campanha contra indivíduos não cristãos na passagem da Idade Média para a Idade Moderna.

As Cruzadas demonstram que as consequências das ações humanas nem sempre se concretizam conforme seus anseios e expectativas. Contudo, foi essa mesma imprevisibilidade que nos indicou a constituição de novos rumos que romperam o ordenamento feudal. De fato, é praticamente impossível não pensar na contribuição profunda deste evento histórico para que a Europa Moderna ensaiasse os seus primeiros passos.

As 8 CRUZADAS:

Primeira Cruzada 1096 – 1099:

Foi em 1095 que o Papa Urbano II proclamou a primeira Cruzada. Primeiramente foi iniciada a Cruzada dos Mendigos, que foi realizada por inúmeros marginais liderados por Pedro, o Eremita. Essa expedição partiu sem nenhuma organização, os indivíduos não possuíam armas nem recursos, apenas tinham a certeza de que combatendo os infiéis teriam a garantia da salvação de alma.

Depois de percorrer toda a Europa por vários meses, a Cruzada dos Mendigos chegou a Constantinopla, de lá seguiram para a Ásia Menor, onde chegaram já enfraquecidos e foram destruídos pelos turcos.

Em 1096, efetivamente a expedição da Primeira Cruzada partiu em direção à Jerusalém. Esta era constituída por grandes senhores que eram liderados por Godofredo de Bouillon. Após atravessar a Constantinopla conquistaram várias cidades asiáticas, como Edessa, Antioquia, Trípoli, Acre, e finalmente Jerusalém.

Segunda Cruzada 1147-1149:

Os cruzados se envolveram em disputas internas e como estavam distantes de suas bases europeias, os turcos armaram um contra-ataque e reconquistaram Edessa. Com isso, São Bernardo de Claraval fixou a Segunda Cruzada que foi liderada por Conrado II, imperador germânico, e Luís VII, rei da França. Partiram para Antioquia e Acre, mas a conquista de Damasco foi fracassada, por isso acabaram renunciando.

Em 1187, Saladino, sultão do Egito enfrentou os cristão e conseguiu conquistar Jerusalém.

Terceira Cruzada 1189-11921:

A Terceira Cruzada que foi convocada em 1189 teve a participação de Frederico Barbarroxa, imperador germânico, Ricardo Coração de Leão, da Inglaterra e Felipe Augusto, da França. Frederico, que vinha por terra, morreu na Ásia Menor. Ricardo e Felipe, que avançavam por mar, chegaram à Palestina, e depois de um desentendimento entre eles, Felipe retornou à França onde tomou alguns dos feudos do rei inglês, e Ricardo ficou na Palestina onde disputou a Batalha de Arsuf e venceu Saladino, porém suas tropas já estavam arruinadas e não teve condições de sitiar a Cidade Santa.

Nesse contexto, Ricardo firmou um acordo diplomático com Saladino, e retornou à Europa. Esse acordo garantia que Jerusalém ficaria aberta aos peregrinos cristãos por dez anos.

Quarta Cruzada 1202-1204:

A Quarta Cruzada foi convocada em 1202 por Inocêncio III, que recentemente havia assumido o pontificado. Esta expedição foi liderada pelo marquês de Montferrat e pelo conde Balduíno de Flandres. Primeiramente, os cruzados conquistaram a cidade de Zara, e no ano seguinte sitiaram e conquistaram a Constantinopla.

No entanto, essa Cruzada não combateu os mulçumanos, apenas atacou e saqueou os povos cristãos. Por essa razão, Inocêncio III excomungou os cruzeiros da Quarta Cruzada. Esse fato indica que a intensa religiosidade não foi a principal causa das Cruzadas.

Quinta Cruzada 1217-1221:

A Quinta Cruzada foi liderada por João de Brienne, rei de Jerusalém e por Leopoldo VI, duque da Áustria. Essa expedição alcançou o Acre, e em seguida seguiu para o Egito, porém a conquista desse território foi fracassada.

Sexta Cruzada 1228-1229:

A Sexta Cruzada foi comandada por Frederico II, imperador alemão. O líder teve bom êxito nas negociações com os maometanos: conseguiu algumas licenças econômicas, firmou um acordo de livre acesso dos cristãos à Jerusalém por quinze anos e foi titulado o rei de Jerusalém.

Sétima e Oitava Cruzadas (1248-1250 e 1270):

Luís IX da França foi o líder da Sétima e Oitava Cruzadas. No ano de 1248, o imperador iniciou a Sétima Cruzada e foi derrotado e aprisionado quando desembarcou no Egito. Foi libertado quando seus companheiros fizeram o resgate. Em 1270, Luís IX iniciou a Oitava Cruzada atacando a cidade de Túnis, no norte da África, onde morreu vitima de uma peste.

quarta-feira, 26 de maio de 2010

A PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL: A GUERRA DE TRINCHEIRAS

PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL

A Primeira Guerra Mundial é um marco no início do século XX. Foi a partir desta Guerra que novas correlações de forças estabeleceu-se no mundo.

- Declínio da Europa e a ascensão dos EUA à condição de principal potência mundial.

Antecedentes:

A - Grande disputa política e por intensa corrida armamentista,

B - Potências imperialistas europeias (França, Inglaterra, Alemanha, EUA),

C - Conflitos pelo controle das matérias-primas e dos mercados mundiais,

D - Territórios Afro-asiáticos: O neocolonialismo ou também denominado como “a partilha afro-asiática”,

E - Movimentos nacionalistas na Europa a I Guerra Mundial,

F - Pan-eslavismo – Política estimulada pela Rússia, defendia a união de todos os povos de origem eslava da Europa oriental, aproveitando-se da fragmentação do Império Otomano, incluindo os que estão sob domínio do Império Austro-Húngaro. 

Pangermanismo – Ideal defendido pelos alemães propõe a formação de um bloco de países de origem germânica. 

G - Revanchismo francês – O sentimento de revanche se desenvolveu a partir de 1871 quando a França foi derrotada pelas tropas de Bismark tomando as regiões da Alsácia-Lorena, rica em carvão e minério de ferro e coroaram o rei Guilherme I da Prússia imperador alemão em Paris, em 18 de janeiro de 1871.

H - Crise Balcânica – Os conflitos entre Áustria e Sérvia na península balcânica colaboram para acirrar as diferenças nacionalistas entre os países europeus. Em 1908 a Áustria anexou a Bósnia-Herzegovina impedindo que a Sérvia mantivesse sua política de organizar a “Grande Sérvia”, que incorporaria as regiões balcânicas de povos eslavos.

Estopim: "O estudante bósnio cristão Gavrilo Prinzip fere mortalmente o arquiduque Francisco Fernando e sua esposa, quando visitavam Sarajevo, capital da Bósnia-Herzegovina"

Apoiada pela Alemanha, a Áustria deu um ultimato à Sérvia para que o incidente fosse por uma comissão mista. Resposta negativa e sérvia e mobilização das tropas russas;

- Os alemães exigiram a neutralidade da França.

- 28 de junho a Áustria declarou guerra à Sérvia.

- Marrocos – A crise do Marrocos envolveu diretamente os interesses da França e da Alemanha, que disputavam domínios coloniais no norte da África.

O sistema de alianças:

Os países europeus procuravam então organizar os exércitos, produzir armamentos e fazer acordos entre si para garantir força na disputa. 

Tríplice Aliança - Reunia o Império Alemão, o Império Austro-húngaro e a Itália, desde 1882, com o objetivo de enfrentar o expansionismo francês na Europa. 

Tríplice Entente - Tem por base a Entente Cordiale, formada em 1904 pela Grã Bretanha e pela França para opor-se ao expansionismo alemão. Em 1907, com a adesão da Rússia, ela se transforma na Tríplice Entente. Durante a guerra, outras 24 nações incorporam-se à Entente, formando uma ampla coalizão chamada de Aliados. 

Tríplice Entente - Tem por base a Entente Cordiale, formada em 1904 pela Grã Bretanha e pela França para opor-se ao expansionismo alemão. Em 1907, com a adesão da Rússia, ela se transforma na Tríplice Entente. Durante a guerra, outras 24 nações incorporam-se à Entente, formando uma ampla coalizão chamada de Aliados.

As fases da Guerra:


A guerra é dividida normalmente em dois grandes períodos:

1 - GUERRA DE MOVIMENTOS: deslocamento constante das tropas - Os principais ataques foram realizados pela Alemanha: neutralização dos russos e avanços sobre a França no lado ocidental.
A invasão da Bélgica foi usado pela Inglaterra como pretexto para entrar na Guerra. 

Vale lembrar que a Itália, até então aliada da Alemanha e Áustria, declarou-se neutra e não participou da guerra nesta primeira fase. 

2 - FASE E O TERROR COMEÇA - GUERRA DE TRINCHEIRAS:

Reflexo do equilíbrio de forças e busca de garantir posições estratégicas;

Esse foi um longo período, até 1917, caracterizado por grande desgaste: elevada mortalidade, grande destruição, elevados gastos financeiros. Na tentativa de conseguir vantagens, os países envolvidos na guerra procuraram desenvolver novos armamentos ( canhões de longo alcance, tanques, aviões, submarinos...) criando novas tecnologias eu pudessem ser aplicadas na guerra. 

Em 1915 os italianos entraram na Guerra junto aos aliados, com a promessa de que receberia parte das colônias alemãs. O ano de 1917 os alemães passaram a utilizar a guerra submarina .

Entrada dos EUA. Os ataques a navios mercantes norte americanos foi usado como pretexto para o Ingresso dos EUA na Guerra.

A Rússia sai da guerra devido à ascensão dos bolcheviques ao poder. A decisão unilateral fez com que a Alemanha invadisse o território russo, no entanto, em março de 1918 os dois países assinaram o Tratado de Brest-Litovski selando o fim da guerra entre ambos.

O FINAL DA GUERRA:

A Alemanha começava a ficar isolada, comprometendo o abastecimento do país.
Em setembro de 1918 as forças aliadas desfecharam uma grande ofensiva contra os alemães, que foram obrigados a recuar.

No interior do país aumentava o descontentamento e as pressões sobre o Imperador.
Em junho, Estados Unidos, França e Inglaterra, denominados os “Três Grandes” impuseram à Alemanha o tirânico - Tratado de Versalhes, que foi uma das causas da segunda grande guerra!

sábado, 15 de maio de 2010

Revolução Francesa

A situação da França no século XVIII era de extrema injustiça social na época do Antigo Regime. O Terceiro Estado era formado pelos trabalhadores urbanos, camponeses e a pequena burguesia comercial. Os impostos eram pagos somente por este segmento social com o objetivo de manter os luxos da nobreza.

A França era um país absolutista nesta época. O rei governava com poderes absolutos, controlando a economia, a justiça, a política e até mesmo a religião dos súditos. Havia a falta de democracia, pois os trabalhadores não podiam votar, nem mesmo dar opiniões na forma de governo. Os oposicionistas eram presos na Bastilha (prisão política da monarquia) ou condenados à guilhotina. 

A sociedade francesa do século XVIII era estratificada e hierarquizada. No topo da pirâmide social, estava o clero que também tinha o privilégio de não pagar impostos. Abaixo do clero, estava a nobreza formada pelo rei, sua família, condes, duques, marqueses e outros nobres que viviam de banquetes e muito luxo na corte.

A base da sociedade era formada pelo terceiro estado (trabalhadores, camponeses e burguesia) que, como já dissemos, sustentava toda a sociedade com seu trabalho e com o pagamento de altos impostos. Pior era a condição de vida dos desempregados que aumentavam em larga escala nas cidades francesas.

A vida dos trabalhadores e camponeses era de extrema miséria, portanto, desejavam melhorias na qualidade de vida e de trabalho. A burguesia, mesmo tendo uma condição social melhor, desejava participação política e mais liberdade econômica em seu trabalho.

A Revolução Francesa (14/07/1789)

A situação social era tão grave e o nível de insatisfação popular tão grande que o povo foi às ruas com o objetivo de tomar o poder e arrancar do governo a monarquia comandada pelo rei Luis XVI. O primeiro alvo dos revolucionários foi a Bastilha. A Queda da Bastilha em 14/07/1789 marca o início do processo revolucionário, pois a prisão política era o símbolo da monarquia francesa.


O lema dos revolucionários era “Liberdade, Igualdade e Fraternidade”, pois ele resumia muito bem os desejos do terceiro estado francês. Durante o processo revolucionário, grande parte da nobreza deixou a França, porém a família real foi capturada enquanto tentava fugir do país. Presos os integrantes da monarquia, entre eles o rei Luis XVI e sua esposa Maria Antonieta foram guilhotinados em 1793. O clero também não saiu impune, pois os bens da Igreja foram confiscados durante a revolução.

No mês de Agosto de 1789, a Assembleia Constituinte cancelou todos os direitos feudais que existiam e promulgou a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão. Este importante documento trazia significativos avanços sociais, garantindo direitos iguais aos cidadãos, além de maior participação política para o povo.

Girondinos e Jacobinos

Após a revolução, o terceiro estado começa a se transformar e partidos começam a surgir com opiniões diversificadas. Os girondinos, por exemplo, representavam a alta burguesia e queriam evitar uma participação maior dos trabalhadores urbanos e rurais na política. Por outro lado, os jacobinos representavam a baixa burguesia e defendiam uma maior participação popular no governo. Liderados por Robespierre e Saint-Just, os jacobinos eram radicais e defendiam também profundas mudanças na sociedade que beneficiassem os mais pobres.

A Fase do Terror


Em 1792, os radicais liderados por Robespierre, Danton e Marat assumem o poder e organização as guardas nacionais. Estas recebem ordens dos líderes para matar qualquer oposicionista do novo governo. Muitos integrantes da nobreza e outros franceses de oposição foram condenados a morte neste período. A violência e a radicalização política são as marcas desta época.

Robbespierre, tentando sustentar-se no poder por meio da eliminação das oposições dentro do governo, condenou à morte alguns membros da própria Convenção, dentre os quais Danton, que discordavam de suas práticas radicais. Os girondinos e a planície uniram forças contra o governo de Robbespierre, que por sua vez perdeu o apoio popular. O resultado foi a prisão e a execução por guilhotina de Robbespierre.

O Diretório

Após a morte de Robbespierre, a Convenção passou a ser controlada pelos representantes da alta burguesia que, por sua vez, elaboraram uma nova Constituição.

Essa constituição ficou pronta em 1795, estabelecendo a continuidade do regime republicano. Ele seria controlado pelo Diretório, composto por cinco membros eleitos pelo Legislativo.

O diretório durou de 1795 a 1799. Foi um período de governo conturbado, em função do desemprego, a falta de abastecimento das cidades e a corrupção. O Estado tentava conter o descontentamento popular e reafirmar o poder político da burguesia sobre o país, mas a situação era preocupante.

O 18 Brumário

Durante o período de embate contra as tropas estrangeiras, o grande destaque foi o jovem general Napoleão Bonaparte. O jovem general, recém-chegado do Egito e com papel de destaque na campanha da Itália, foi o homem escolhido pela burguesia para pôr fim à instabilidade política e derrubar o Diretório.

Apoiado pela burguesia e pelo exército, Napoleão deflagrou o Golpe do 18 Brumário, em 10 de novembro de 1799. Com esse golpe, foi consolidado o poder da burguesia.

Em defesa de seus interesses mais profundos, a burguesia sacrificava a liberdade política por uma "mão forte" que lhe garantisse uma ordem econômica favorável. Encerrava-se o período de maturação interna da revolução e iniciava-se a fase de sua consolidação e expansão para o restante da Europa, por meio das baionetas dos exércitos de Napoleão.

Conclusão:

A Revolução Francesa foi um importante marco na História Moderna da nossa civilização. Significou o fim do sistema absolutista e dos privilégios da nobreza. O povo ganhou mais autonomia e seus direitos sociais passaram a ser respeitados. A vida dos trabalhadores urbanos e rurais melhorou significativamente. Por outro lado, a burguesia conduziu o processo de forma a garantir seu espaço. As bases de uma sociedade burguesa e capitalista foram estabelecidas durante a revolução. A Revolução Francesa também influenciou com seus ideais iluministas, a independência de alguns países da América Espanhola e o movimento de Inconfidência Mineira no Brasil.

domingo, 9 de maio de 2010

EGITO

Egito Antigo

Terra dos faraós, das pirâmides, do papiro, das múmias e da esfinge, o Egito antigo deixou uma imensa herança cultural que, freqüentemente é explorada pela literatura e pelo cinema, estimulando o imaginário das pessoas. E continua a despertar o interesse de arqueólogos e historiadores.

O Egito antigo localizava-se no nordeste da África. 

Baixo e Alto Egito:

Na região mais próxima ao mar mediterrâneo, o rio Nilo forma uma grande delta, cujas terras eram muito férteis. Essa região ficou conhecida como baixo Egito.A partir da cidade de Mênfis. Na direção sul, ficava o alto Egito, cujas terras férteis (terra preta) constituíam uma estreita faixa ao longo do rio. Nas áreas não atingidas pelas enchentes, o solo era árido.

Médio Império e Novo Império:

O inicio e o final de cada período foi assinalado por algum acontecimento escolhidos pelos pesquisadores como marco: a unificação política do Egito, a mudança de uma família de governantes, a invasão de um povo estrangeiro, a consolidação de um império etc.

A Sociedade:

O faraó era um rei supremo do Egito, considerado um Deus vivo responsável pela prosperidade e proteção de seu povo. No entanto, essa crença na ‘’ condição divina do rei ‘’ sofre variações ao longo da história egípcia, ora sendo reforçada, ora sendo enfraquecida. 

De modo geral, o faraó detinha autoridade administrativa, judicial e militar. Podia ter diversas esposas legitimas e também um grande número de concubinas. Detinha a posse da maioria das terras do país, e auxiliado por um funcionário do governo e sacerdotes, exercia considerável controle sobre as atividades econômicas.

Para governar o Egito, o faraó contava também com o auxilio de muitos outros funcionários, como os Escribas, que conheciam a escrita e tinham diferentes graus de prestigio e poder.

Camponeses, Artesãos e Escravos:

Os Camponeses (também chamados de felás) executavam inúmeros trabalhos necessários á agricultura e á criação de animais. Os principais produtos cultivados eram o Trigo (para fazer pão), a Cevada (para fazer a cerveja), e o Linho (para fazer Tecidos). Também se dedicavam á plantação de legumes, verduras e frutas variadas.

Os Artesãos que produziam artigos de luxo trabalhavam, geralmente, nas oficinas urbanas, muitas vezes instaladas nos templos e palácios. Confeccionavam peças de ourivesaria, vasos de alabastro ou fiança, tecidos finos e etc. Já que os artesãos menos qualificados trabalhavam em oficinas rurais, produzindo tecidos rústicos, artigos de couro, vasilhas utilitárias, alimentos como pão e cerveja. Havia assim, artesãos de ofícios variados, ferreiros, carpinteiros, barqueiros, tecelões, ceramistas, ourives, pedreiros e cervejeiros.

Os Escravos formavam um grupo social numericamente pequeno diante do conjunto da população. Constituído, em sua, origem, principalmente prisioneiros de guerra trabalhavam em serviços variados: nas casas, nas pedreiras, nas minas e nos campos.

As condições de vida dos escravos variavam de acordo com o tipo de atividade que exerciam. Há indícios que os escravos domésticos viviam melhor do que, por exemplo, os escravos das minas e das pedreiras, embora ‘’ pertencesse ‘’ a outra pessoa, o escravo egípcio era considerado um ser humano e não uma ‘’ mercadoria ‘’ ele podia adquirir propriedade, testemunhar em tribunais e casar-se com livres. 

Religião e Arte:

A Religião teve enorme importância em diversos aspectos da vida egípcia na antiguidade.

Os egípcios eram Politeístas, ou seja, adoravam muitos deuses, que simbolizavam forças e fenômenos da natureza. Muitas divindades eram representadas em forma de animal ou mesclavam forma animal ou humana. Geralmente, cada cidade tinha um deus principal para o qual se erguia um templo.

Para os antigos egípcios, crer nos deuses significava cultuá-los, isto é, prestar-lhes homenagens e oferecer-lhes tributos.

A Arte Considerável parcela da produção artística do Egito antigo foi influenciada pela religião. O culto aos deuses levou a construção de belos templos (como Lúxor e Karnac) e á criação de esculturas e pinturas retratando divindades. Mas, além dos temas religiosos havia também muitas representações do cotidiano na produção artística, como cenas de colheita, pesca, navegação, pratica de artesanato e etc.

A Morte os egípcios acreditavam na vida após a morte no reino de Osíris. Imaginavam que os mortos seriam julgados por esse deus e poderiam retornar a seus corpos se fossem absolvidos. Para isso, seus corpos precisariam ser conservados. Desenvolveram, então a técnica de mumificação. Havia diferentes tipos de mumificação, desde os processos mais simples e baratos até os mais caros e luxuosos.

Conhecimentos Egípcios:

• Química - a manipulação de substâncias químicas surgiu no Egito e deu origem á fabricação de diversos remédios, e composições. A própria palavra Química vem do egípcio kemi, que significa ‘’ terra negra ‘’
• Matemática - as transações comercias e a administração dos bens públicos exigem a padronização de pesos e medidas, isto é, um sistema de notação numérica e de contagem.

Desenvolveu-se, assim a Matemática, incluindo a Álgebra e a Geometria, uteis, também, no cálculo necessário a construção de grandes obras arquitetônicas, como templos e pirâmides.

• Astronomia – para a navegação e atividades agrícolas, os egípcios orientavam-se pelas estrelas. Fizeram, então, mapas do céu, enumerando e agrupando as estrelas em constelações.

• Medicina – a pratica de mumificação contribuiu para o estudo do corpo humano. Alguns médicos acabaram se especializando em diferentes partes do corpo, como olhos, cabeça, dentes e o ventre

Livro: História Global, Brasil e Geral
Autor: Gilberto Cotrim
Volume Único
Editora: Saraiva

terça-feira, 4 de maio de 2010

FORMAÇÃO DAS MONARQUIAS MODERNAS

Aqui estão com pequenas alterações os apontamentos dados em sala de aula, caso por algum motivo os alunos faltem alguma aula, poderão completar seus apontamentos . Sem esquecer de buscar os exercícios dados em sala e das palavras grifadas para o glossário.



FORMAÇÃO DAS MONARQUIAS MODERNAS: CAUSAS

Na Idade Média o Rei tinha suas funções limitadas devido à presença da nobreza feudal,que, por também serem senhores de terra controlava de fato o poder. Essa organização de poder era chamado de monarquia feudal e sua principal característica era a fragmentação do poder.

Com o tempo os reis começaram então a concentrar grandes poderes, em parte por causa do apoio financeiro recebido da nova classe social que emergia a burguesia. Ao longo desse processo de centralização do poder, a aproximação entre o rei e a burguesia poria fim a fragmentação política. Entretanto, isso não significou a exclusão da nobreza feudal. Ela se manteve ligada ao rei usufruindo de sua política e de privilégios.

Isto acabou aproximando burgueses e o rei de um lado: A burguesia buscava favores administrativos que facilitassem o desenvolvimento do comercio prejudicada com o feudalismo devido ao excesso de impostos e taxas, e de outro, o rei necessitava do dinheiro da burguesia para levantar exércitos e aumentar o seu campo de influência política.

A Nobreza Feudal, por sua vez, encontrava-se enfraquecida com os gastos com as cruzadas e tinha necessidade de um apoio forte e buscou apesar de enfraquecida apoio na figura do Rei, para conter as revoltas de camponeses que se intensificava nesse período.

Ao final de um longo tempo, esse processo acabou de facilitar a formação de um poder centralizado e a consolidação de uma unidade territorial. Com isso, formaram-se em diversas regiões da Europa monarquias com poder centralizado, (Espanha, Portugal,Inglaterra ...),onde o rei detinha grande poder.

Assim , a monarquia centralizada foi a forma de governo sob a qual se organizou a Europa entre o fim da Idade Média e o início da Idade Moderna.

INDEPENDENCIA EUA

Aqui estão com pequenas alterações os apontamentos dados em sala de aula, caso por algum motivo os alunos faltem alguma aula, poderão completar seus apontamentos .

A Independência dos EUA


Influenciada pelas idéias iluministas, a primeira colônia americana declarava sua independência. Formavam-se, assim, os Estados Unidos Da America. A partir de então, o mundo colonial europeu construído no novo mundo iria se romper. Não apenas ele, mas também o absolutismo e as praticas mercantilistas na Europa.


Para se entender a vida dos colonos é importante saber que a colônia americana não era como a dos países de língua espanhola e como a do nosso Brasil. Os ingleses que foram morar na America , os colonos, buscavam construir uma nova nação. Muitos deles fugiam da justiça e dos conflitos religiosos da velha Inglaterra. Então o tipo de colonização existente foi chamado de povoamento, enquanto, nas colônias portuguesas e espanholas foi chamada de exploração, pois visava apenas extrair recursos naturais destes países como madeira, ouro entre outros.


Desde inicio do século XVIII, o descontentamento vinha crescendo nas colônias da America do Norte, motivado principalmente por questões econômicas. Os ingleses mantinham o monopólio do comercio de produtos colônias: Somente os ingleses poderiam fornecer mercadorias aos colonos. Juntamente com isto se criou uma série de medidas restritivas ao livre comércio dos colonos e mais impostos.


O inicio das revoltas se deu com a famosa lei do chá com elas os ingleses obrigavam os colonos a comprarem o chá somente dos ingleses. Como resposta um grupo de colonos vestidos de índios lançou ao mar o carregamento de chá inglês.


Como resposta os ingleses obrigaram os colonos a entregarem todas as suas armas. Para os colonos americanos a arma era uma realidade do dia a dia e um símbolo de liberdade. Através dela se garantiria a liberdade e a justiça. Os conflitos se agravaram e começaram então as lutas pela independência.


É importante se destacar a influencia do pensamento iluminista na ação dos colonos. Embalados pelos ideais de liberdade e de livre comercio, os colonos consolidaram seu movimento revolucionário.


Em 1776, reunidos em um congresso na Filadélfia , os representantes das treze colônias promulgaram a Declaração de Independência. Redigida por Thomas Jefferson, era inspirada nos ideais iluministas de liberdade individual, política e de comércio.


As forças dos colonos comandadas por George Washington tiveram no inicio algumas derrotas, pois os colonos não eram militares profissionais e sim gente recrutada entre camponeses e artesãos, mas , a vitória da batalha de Saratoga em 1777 alterou o curso da guerra a favor dos colonos. Pesou também para a vitória dos colonos o apoio dado pela França e Espanha aos colonos interessados em reduzir o poderio do seu rival Inglês.


Em 1781, os ingleses se renderam e a guerra chegou ao fim, Restando aos colonos organizarem um novo governo. Este foi instituído por uma república, uma constituição que dividia os poderes em legislativo, judiciário,executivo e pela autonomia dos estados desde que não confrontasse com a soberania nacional e a constituição.


A independência dos Estados Unidos influenciou mas tarde a revolução Francesa, o movimento de independência nas colônias espanholas e no Brasil: A Conjuração Mineira e Bahiana.

RENASCIMENTO

Aqui estão com pequenas alterações os apontamentos dados em sala de aula, caso por algum motivo os alunos faltem alguma aula, poderão completar seus apontamentos .

Renascimento

As mudanças ocorridas na Europa a partir do século XI, com o desenvolvimento do comercio , das cidades e a expansão marítima, foram acompanhadas por um intenso movimento cultural.

Essas transformações faziam os europeus acreditarem em um novo tempo, muito diferente daquele que imperou durante toda a idade média. Por isso, os europeus dos séculos XIV ao XVI acreditavam estar presenciando um verdadeiro Renascimento.

Burgueses enriquecidos , papas e governantes para reafirmar sua autoridade e prestigio financiava as atividades artísticas e culturais. Essa pratica ficou conhecido como Mecenato.

Essa produção foi tão intensa que esse período recebeu a denominação de Renascimento ou Renascença. O movimento teve inicio na península itálica, onde se localizava cidades com intensas atividades culturais, como Florença e Veneza.

As obras Renascentistas possuíam os seguintes elementos comuns:

1 – Retomada da cultura Greco – Romana da Antiguidade. Segundo os renascentistas, os gregos e os romanos tinham um conhecimento mais amplo da vida e de suas possibilidades do que se tinha na Idade Media. A arte de gregos e romanos influenciaram profundamente a atividade artística e cultural dos renascentistas.

2 – Valorização do ser humano – os renascentistas tinham uma visão antropocêntrica ou seja colocava o ser humano como centro de suas preocupações diferentemente da visão medieval que era teocêntrica e tinha a religião como centro e forma de regular a vida individual . Isto gerou grandes mudanças de valores em relação à vida.

O Renascimento teve inicio nas cidades da península itálica , que acumulavam grandes riquezas graças ao comercio. Com o tempo, esse movimento difundiu-se por grande parte da Europa. Na Península Itálica destacaram-se os seguintes nomes:

(a) – Leonardo Da Vinci – Pintor , Arquiteto, escultor, físico, engenheiro, escritor e musico, destacou-se em todos os ramos da arte e da ciência é considerado um dos maiores gênios da humanidade. É autor de diversas obras de arte entre elas A Mona Lisa e Gioconda.

(b) Michelangelo Buonarroti – Arquiteto, escultor e pintor ajudou a projetar a grandiosa cúpula da Basílica de São Pedro, em Roma.


(c) Rafael Sanzio – Autor de varias madonas e de retratos de papas e reis.

(d) Galileu Galilei – Matemático, físico e astrônomo – Confirmou a teoria heliocêntrica de Copérnico que afirmava ser o sol o centro do universo foi perseguido pela igreja devido a isto foi obrigado a negar a mesma teoria perante a inquisição.


(e) Nicolau Maquiavel – Filosofo , político e historiador, escreveu O príncipe, um tratado sobre política e governo. Nesta obra defendia os príncipes e que estes deveriam ser temidos e onde os fins justificam os meios.

Após o surgimento na península itálica o movimento se espalhou pelo resto da Europa. Mantendo sua crítica a visão religiosa em livros como o de Erasmo de Roterdã: “Elogio da Loucura”. E também a visão teocêntrica do mundo como na obra de Willian Shakespeare em Otelo e Hamlet.

AS GRANDES NAVEGAÇÕES

As Grandes Navegações

As grandes navegações foram um conjunto de viagens marítimas que expandiram os limites do mundo conhecido até então. Mares nunca antes navegados, terras, povos, flora e fauna começaram a ser descobertas pelos europeus. E muitas crenças supersticiosas passadas de geração a geração, foram conferidas e desmentidas. Eram crenças de que os oceanos eram povoados por animais gigantescos ou que em outros lugares habitavam seres estranhos e perigosos. Ou que a terra poderia acabar a qualquer momento no meio do oceano, o que faria os navios caírem no nada.

Os motivos

O motivo poderoso que fez alguns europeus desafiar o desconhecido, enfrentando medo, foi a necessidade de encontrar um novo caminho para se chegar às regiões produtoras de especiarias, de sedas, de porcelana, de ouro, enfim, da riqueza. E o mercantilismo que forçava os reinos na busca incessante na acumulação de metais.

Outros fatores favoreceram a concretização desse objetivo:

• Comerciantes e reis aliados já estavam se organizando para isso com capitais e estruturando o comércio internacional;

• A tecnologia necessária foi obtida com a divulgação de invenções chinesas, como a pólvora (que dava mais segurança para enfrentar o mundo desconhecido), a bússola, e o papel. A invenção da imprensa por Gutenberg popularizou os conhecimentos antes restritos aos conventos. E, finalmente, a construção de caravelas, que impulsionadas pelo vento dispensavam uma quantidade enorme de mão-de-obra para remar o barco como se fazia nas galeras nos mares da antiguidade, e era mais própria para enfrentar as imensas distâncias nos oceanos.

Até a Igreja Católica envolveu-se nessas viagens, interessada em garantir a catequese dos infiéis e pagãos, que substituiriam os fiéis perdidos para as Igrejas Protestantes.

Os únicos países no momento que possuíam condições favoráveis para isto no momento eram Portugal e Espanha.

Partindo de Lisboa, após a benção do sacerdote e da despedida do povo, caravela após caravela deixava Portugal, voltando com notícias e lucros sempre crescentes. Inicialmente contornando a África em:

• 1415 conquistaram Ceuta;

• durante o século XV o litoral da África e Ilha da Madeira, Açores, Cabo Verde e Cabo Bojador;

• 1488 chegaram ao Sul da África, contornando o Cabo da Boa Esperança;

• 1498 atingiram a Índia com Vasco da Gama. O objetivo fora atingido.

Conquistas espanholas


No meio tempo em que Portugal despontou em sua expansão marítima, a Espanha se envolveu no processo de expulsão dos mouros da Península Ibérica. O fim da chamada Guerra de Reconquista possibilitou a inserção dos espanhóis na corrida de expansão marítima. Atraídos pelo projeto do navegador genovês Cristóvão Colombo, a Espanha decidiu financiar a expedição do explorador italiano, em 1492. De acordo com o plano de Colombo, seria possível alcançar-se o Oriente navegando-se pelo Ocidente. Dessa aventura marítima, a Coroa Espanhola descobre o continente americano. A partir de então, a Espanha inaugurou uma nova área de exploração econômica.

Mas em 1492, Cristóvão Colombo obteve do rei espanhol as três caravelas, Santa Maria, Pinta e Nina, com as quais deveria dar a volta ao mundo e chegar às Índias. Após um mês de angústias e apreensões chegou a terra firme, pensando ter atingido seu destino. Retorna à Espanha recebendo todas as glórias pelo seu feito.

Portugal apressou-se a garantir também para si as vantagens dessa descoberta e, em 1494, assinou com a Espanha o famoso Tratado das Tordesilhas, que simplesmente dividia o mundo entre os dois pioneiros das grandes navegações. Foi traçada uma linha imaginária que passava a 370 léguas de Cabo Verde. As terras a Leste desta linha seriam portuguesas e as que ficavam a Oeste seriam espanholas. Foi assim que parte do Brasil ficou pertencendo a Portugal seis anos antes de Portugal aqui chegar.

Infelizmente para Colombo, descobriu-se pouco depois que ele não havia chegado às Índias, e "apenas" tinha descoberto um novo continente, que recebeu o nome de América, em homenagem a Américo Vespúcio que foi o navegador que constatou isso.

No ano de 1500, o navegante português Pedro Álvares Cabral anunciou a descoberta do Brasil. Com isso, os processos de exploração da América e a transferência do eixo econômico mundial iniciaram um novo período na economia mercantil européia. Ao longo do século XVI, outras nações, como Holanda, França e Inglaterra questionaram o monopólio ibérico realizando invasões ao continente americano e praticando a pirataria.

ROMA

Aqui estão com pequenas alterações os apontamentos dados em sala de aula, caso por algum motivo os alunos faltem alguma aula, poderão completar seus apontamentos .

ROMA

Roma foi o ultimo grande império da antiguidade, com exércitos poderosos, dominou terras que antes pertenciam a gregos, persas egípcios e muitos outros povos. Os antepassados dos romanos eram povos agrícolas que habitavam a península itálica, eram conhecidos como italiotas.


Existem duas versões que explicam a fundação de Roma uma de origem mitológica e outra contada por historiadores: A lendária conta a historia de Romulo e Remulo que foram criadas e amamentadas por uma loba de nome capitolina que lhes deu a energia necessária para fundarem Roma. Outra a contada pelos historiadores é de que a cidade fundou-se a partir de uma fortaleza dos latinos para se defenderem de outro povo os etruscos.


De uma pequena fortaleza, Roma acabou se transformando no centro de um vasto império. Então a história de Roma foi dividida em três períodos:


1 – Monárquico, 2 – Republicano, 3 – Imperial.


PERIODO MONARQUICO


Neste período Roma ganhou o aspecto de cidade e seus últimos reis eram de origem etrusca. A sociedade romana era dividida em: Patrícios – Nobres, grandes proprietários de terras, Plebeus – pequenos agricultores, artesãos, gente do povo e Escravos – Plebeus endividados e prisioneiros de guerra.


O ultimo Rei foi Etrusco e ele foi deposto provavelmente por ter descontentado os patrícios com medidas a favor de plebeus.


PERIODO REPUBLICANO


O poder antes exercido pelo rei passou a ser partilhado por dois cônsules (membros do senado que era a assembléia poderosa formada por patrícios). Ao senado cabia promulgar as leis e teve influencia de poder durante toda a vida de Roma.


Durante muito tempo e muitas lutas os plebeus conquistaram direitos; entre eles de acabar com a escravidão por dividas e constituir seu próprio conselho o tribuno da plebe. Mais tarde os plebeus conseguiram ainda o direito de se casar com patrícios e de anular medidas que contrariassem seus interesses.


Apesar das lutas entre patrícios e plebeus os romanos conseguiram conquistar toda a península itálica. Após vencer a poderosa cidade de Catargo com seus exércitos de elefantes as lutas contra Catargo ficaram conhecidas como guerras púnicas.


Depois o exercito romano investiu contra a Macedônia, Síria e Ásia submetendo todas estas regiões. Em 59 AC, Roma conquistou com as tropas de Julio Cesar à Gália (Atual França), contadas nos desenhos de Asterix o Gaulês.


As conquistas romanas desencadearam uma serie de transformações como o aumento do trabalho escravo devido à presença de latifúndios e os conflitos entre plebeus e patrícios por mais direitos políticos e sociais.

GUERRA PÚNICAS

O expansionismo romano se esbarrou com Catargo, cidade fundada pelos fenícios ao norte da África. Era um potencia marítima, comercial e militar com varias colônias que dominavam todo o mediterrâneo ocidental. Os conflitos com Catargo ficaram conhecidas como guerras púnicas e com a vitoria de Roma sobre Catargo . Roma impôs sua supremacia a todo Mediterrâneo.

Com as sucessivas vitorias militares ganharam destaque diversos lideres militares que sucederam-se no poder até a implementação definitiva do império.

Em 107 AC, Mario, general de grande prestigio, foi eleito cônsul e implantou reformas no exercito como pagamento de salários, restringiu privilégios de patrícios e reduziu a autoridade do senado, realizando reformas de caráter popular. Com a morte de Mario Sila assumiu o poder apoiado pelos patrícios e pelo senado, que lhe conferiu o titulo de ditador. Sila reprimiu violentamente revoltas, restabeleceu os privilégios dos patrícios e o poder do senado.

Após a morte de Sila, destacaram-se as pessoas : De Crasso que conseguira por fim a revolta de escravos liderados por Espartáco. E a pessoa de Pompeu que conquistara importantes vitorias na Espanha e eliminara últimos escravos revoltosos.

Nesse período outro oficial começara a se destacar no cenário político, tornando-se também cônsul Julio Cesar.

OS TRIUNVIRATOS

Em 60 ac., Pompeu, Crasso e Julio Cesar estabeleceram uma aliança apoiada pelo exercito, reduziram o poder do senado e assumiram o governo tinha inicio o primeiro triunvirato.

Em 53 AC ., Crasso morreu em uma campanha militar. Pompeu e Julio Cesar então passaram a disputar o poder. Ao final Julio Cesar derrotou Pompeu.

Julio Cesar se tornou ditador supremo do mundo romano e implantou uma serie de reformas. Ampliou seu apoio popular mas desagradou a elite patrícia que prejudicada começou a conspirar contra sua vida.

Em 44 AC., quando entrava no Senado Julio Cesar foi cercado e morto por senadores a punhaladas.

O assassinato de Julio Cesar provocou varias revoltas populares e os conspiradores foram derrotados. Formou-se então o segundo triunvirato, composto de Marco Antonio, Otávio e Lépido e formou-se a disputa entre eles. Lépido se afastou e Otavio venceu Marco Antonio.,concentrando todo o poder em suas mãos.

Após vencer o segundo triunvirato Otavio recebeu diversos títulos que lhe conferiram grandes poderes. Por fim o senado atribuiu-lhe o titulo de Augusto,que significava divino , majestoso. Terminava assim a republica e começava o período imperial.

REGRAS PARA DEBATE PRESSÃO

REGRAS PARA DEBATE PRESSÃO


O conteúdo do debate PRESSÃO irá versar sobre todo o assunto visto na matéria. O debate irá ser realizado em momento único com toda a turma que será dividida em duas turmas.

O debate necessita de regras claras para que se qualifique a atenção e o controle emocional de todos os alunos. O grupo poderá ganhar o debate pelo simples respeito às regras do debate.


1 – Cada lado terá um líder

2 – Cada grupo deverá elaborar 15 perguntas com respostas

3 – O líder deverá em posição de pé indicar quem do grupo irá fazer a pergunta

4 – A pessoa que pergunta deverá indicar quem responde antes de fazer a pergunta, caso conclua a pergunta sem indicar quem responde, ponto para o lado oposto.

5 – Se a pessoa que pergunta, ao terminar de elaborar a pergunta, não indicar quem responde ponto para o lado oposto

6 – Não são permitidas duas pessoas em pé nem sentadas ao inicio e durante o debate.

7 – As pessoas que pergunta e quem responde só deveram sentar ao termino da resposta de quem pergunta

8 – Pontuam quem responde correto ou quem pergunta com a devida resposta errada neste caso dando o ponto ao lado oposto

9 – Não é permitida pergunta especificas sobre nomes, datas e quantidades

10 – Pergunta mal formulada ponto para o lado oposto

11 – Qualquer duvida no procedimento será sanada pela figura do tutor que assume a figura de juiz.

12 – Qualquer quebra de regra no procedimento do debate da direito a quem pergunta a refazer desde que o outro lado já tenha pontuado

13 – É permitida a consulta!

14 – 1 minuto para elaboração da resposta

15 – 30 s para elaboração da pergunta

16 - A pergunta é valida quando for audível ao juiz

17 - A equipe que pergunta deverá elaborar a pergunta de forma clara e repetir apenas duas vezes

18 – Qualquer quebra de regra ponto para o lado oposto

19 – Se a pessoa apontada para a resposta não souber responder deverá se manter em pé e se alguém da sua equipe souber responder deverá levantar-se. A pessoa perguntada deverá sentar imediatamente ao levantar de algum membro da equipe perguntada.

20 – Ambos só poderão sentar-se ao confirmar que sua resposta está correta ou ouvir a resposta da equipe que pergunta.

21 – Se alguém quiser levantar-se por motivo particular deverá levantar o braço e indicar ao tutor.

22 – O líder só poderá efetuar até duas perguntas

23 - Se apontado quem deve responder - elaborada a pergunta - quem for apontado não se levantar ponto para o lado oposto.

24 - É permitido a pressão psicológica desde que a pergunta e a resposta seja audiveis !

25 - Se por qualquer motivo, incluindo desestabilização emocional do grupo. O mesmo se recusar a continuar o debate irá perder por W.O

26 - Caso um dos lado se mostre com o banco de questões e preparado e o outro nada trouxer independente do motivo vitória para quem trouxer por WO

27 - Possíveis dúvidas seja de que tipo for  são resolvidas pelo tutor

28 - É permitida comemoração durante e após o debate, respeitada todas as regras anteriores